sábado, abril 21, 2007

Quando é a vida que nos ensina...

Quantos de vocês têm um cão ?

Não sei se já tiveram a oportunidade de criar um. E eu não digo crescer com um, nem ter um em casa, digo criá-lo como se vosso filho. Ensinar-lhe tudo, vê-lo crescer de bébé a adulto.



Esta é a Mafalda, e eu adoro-a! Não tinha mais de 2 meses quando a fui buscar ao canil, ensinei-lhe tudo o que ela sabe embora ela escolha não usar a maior parte dos meus ensinamentos. ;)
Ela ainda é muito jovem, e o seu temperamento ainda não acalmou, é irrequieta e praticamente incansável. Tem alguns defeitos como o facto de ser demasiado inteligente para o seu próprio bem mas tem uma grande virtude, que deveria ser comum a todos os cães. É dócil. O seu propósito não é outro que não a felicidade de estar com os donos, de sair à rua, de brincar e correr. A violência não está na sua natureza (para com os humanos, para com outros animais não é violenta a menos que a ataquem).

Esta introdução serve para vos situar no meu pequeno drama diário! Quando vou passear a Mafalda, momento de alegria para ela e para mim, e seguimos ou por espaços abertos ou pouco populados não gosto de a levar presa. Não me parece justo prender um animal pelo pescoço e obrigá-lo a ficar junto de nós contra a sua vontade, deixo-a andar solta sempre que possível. É claro que por vezes não consigo evitar que ela entre em contacto com algumas pessoas. Se ela vê alguém no passeio isso chama-lhe a atenção, porque ela gosta de explorar, e se alguém lhe fizer um sinal ou a chamar temos logo festa garantida.
A minha preocupação é, nem toda a gente gosta de animais, incompreensívelmente há quem tenha um medo cego de cães. Mas este medo a grande maior parte das vezes não é ao cães em geral. Quando veêm um cão solto na rua as pessoas têm medo porque pode morder, e pensam que se passarem por um cão que está preso esse não vai morder. Isto é incontrolável, eu vou na rua e a Mafa tanto vai uns metros à frente, ou ao lado ou a atrás e tanto lhes dá (às pessoas) para a chamarem, como para berrar, como para pegar nos filhos e deitarem olhares reprovadores...

Sempre que vejo a Mafalda a dirigir-se para alguém: osculto o medo presente na sua cara, se for evidente chamo-a e tento evitar o contacto, se ficarem meio apreensivos exclamo ao longe que ela não faz mal se mostrarem interesse posso até ficar a contar a história da sua vida de como era tão pequenina e agora está um urso! Muitas vezes penso que as pessoas têm reacções despropositadas.
A razão que me levou a escrever este Post é que por vezes damos de caras com situações de pessoas que foram ensinadas pela vida e não precisam de nenhum diploma para saber muitas mais coisas do que alguns licenciados (pela Independente). Um destes dias ao entrar no meu prédio com a Mafdaldeca, como de costume, abri a porta do prédio e ela vai disparada para a porta do apartamento e fica la sentada. Ao chegar às escadas vi que a senhora da limpeza estava lá e olhava para a Mafalda que a circundava e eu disse logo: "Ela não faz mal." Ao que ela me respondeu:"Também se fizesse, não andava com ela solta, não é?". OBRIGADO, era assim tão difícil para o resto das pessoas que andam na rua perceberem isso?

Não sou adepto da irracionalidade e detesto quem não dá o benefício da dúvida, se eu estou sempre a acompanhar o meu cão, vou de trela na mão e a estou a vê-la a dirigir-se para as pessoas e os seus filhos, parece-me lógico que eu posso garantir a 100% (porque posso) que ela não vai atacar ninguém. O mais longe que poderia acontecer era ela sujar umas calças, mas até isso eu estou atento e não a deixo entrar em excessos. Eu só acho que o animal tem o direito a andar livre pelo meio da rua, sendo que eu sou o seu responsável e estou presente naquele momento. Às pessoas que têm medo de cães eu só digo que entrem em contacto comigo que eu arranjo um encontro com a Mafaldinha e o pior que ela pode fazer é dar umas valentes lambidelas na cara e se tiver mesmo mesmo contente mordisca as orelhas!

Para finalizar queria dizer que sempre que eu escrevi EU lê-se EU e a LENA pois o trabalho de educação é dos dois embora ela acabe por ter de varrer mais pêlos e dar mais banhos do que eu!



Mafaldinha se tiveres a ler isto, um beijinho do pápá!